Coordenador : MANOELA DA SILVA PEDROZA
Ano: 2025
Edital: Edital Proex 04 de 2024
Protocolo: 440.1.2024
Departamento/Setor: GHT
Área Temática : Trabalho
ODS: EDUCACAO QUALIDADE,FOME ZERO,CRESCIMENTO ECONOMICO
Tipo: Projeto
Publico Alvo : Público Interno à Universidade - Previsão: 40,publicoAlvo
Redes sociais: endereco:https://sites.google.com/view/lehs-iht-uff?pli=1
Objetivo
1 Ampliar o alcance do conhecimento acerca do território da Fazenda Nacional de Santa Cruz produzido por grupos da sociedade civil organizada e intelectuais públicos 2 Aproximar determinados grupos sociais como professores e estudantes da educação básica associações comunitárias e de trabalhadores da história local e social do território em que vivem eou trabalham 3 Fazer com que estudantes universitários e moradores do território se reconheçam criticamente como agentes capazes de intervir e transformar sua realidade a partir do reconhecimento de histórias de outros indivíduos e grupos sociais que transformaram seus contextos de vida e trabalho 4 Construir práticas de diálogo e ação para construção e consolidação de uma identidade comunitária forte de memórias de conquistas de direitos de identidade e pertencimento dos moradores da Fazenda Nacional de Santa Cruz com o território em que vivem 5 Construir dialogicamente e coletivamente um inventário do patrimônio de lutas conquistas e saberes acumulados por diversos grupos de moradores do território de forma a incentivar a busca pela ampliação da cidadania e dos direitos nas gerações atuais 6 Fomentar a troca de conhecimentos saberes e vivências entre a Universidade e grupos sociais atuantes na realidade do território da Fazenda de Santa Cruz
Resumo
A Fazenda de Santa Cruz foi formada no século XVI pela doação e compra de duas enormes sesmarias pelos padres jesuítas abrangendo territórios que hoje fazem parte da Zona Oeste do município do Rio de Janeiro Baixada Fluminense e Vale do Rio Paraíba do Sul Os jesuítas durante o período em que administraram a fazenda 1590 a 1759 com sua produção abasteceram o colégio jesuíta de São Cristóvão e também fizeram comércio A Fazenda de Santa Cruz chegou a reunir duas mil pessoas escravizadas sob o jugo destes padres que formaram uma comunidade bastante estável e com uma ampla rede de relações com outros grupos sociais como indígenas quilombolas foreiros e criadores de gado ENGEMANN 2002 p 83 Em 1759 com a expulsão dos jesuítas do império português a Fazenda foi incorporada ao patrimônio da Coroa se tornando Fazenda Real de Santa Cruz e passou a ser diretamente administrada pelo vicerei Na Constituição de 1824 a Fazenda oficialmente se tornou parte do patrimônio da família imperial que passou a frequentála Em termos econômicos a Fazenda estruturouse desde o século XVII para a criação de gado Durante o século XIX notase um relativo crescimento demográfico e econômico na região bastante motivado pela expansão da cultura do café Em 1881 a Câmara Municipal do Rio de Janeiro para atender às demandas da capital que passava por um processo de urbanização realocou o matadouro de São Cristovão para a região de Santa Cruz Este estabelecimento tornou Santa Cruz o epicentro de uma enorme rede comercial de rebanhos pastagens venda de gado abate distribuição e de abastecimento de carnes verdes para a cidade do Rio de Janeiro DUARTE 2013 Após as obras de dragagem e saneamento dos rios e planícies a terra recém enxuta se valorizou e atraiu diversos interesses A agricultura foi um deles Na década de 30 iniciase uma imigração de famílias japonesas para o antigo curato de Santa Cruz vindos do Estado de São Paulo diversificando a produção agrícola com o cultivo de frutas e hortaliças sendo o tomate o gênero agrícola de maior relevância SOBRAL 2012 p 10