Coordenador : Ana Cabral Rodrigues
Ano: 2022
Publico Alvo : O projeto tem por público alvo direto coletivos culturais e minorias que costumam estar apartadas geográfica e imaginariamente dos aparelhos culturais das cidades e que encarnam aspectos fundamentais da luta pelo direito à cidade e direitos culturais. Ou
Local de atuação: VPS
Resumo
As Oficinas de Montagem configuram um projeto de promoção do direito à cidade por uma tecnologia social baseada no dispositivo dialógico de ocupação urbana desenvolvido na intersecção entre este projeto e trabalhos do grupo de Pesquisa em Desutilidades Urbanas (Psi-UFF-VR/ PPG-Psi/UFF). Opera-se por estratégias estético-performáticas em torno de um tabuleiro que convida a uma troca de saberes por diferentes territórios e coletivos minoritários de Volta Redonda e Niterói – com especial atenção às infâncias em ocupações urbanas. Atualmente, o projeto dá seguimento à utilização do dispositivo, porém, adequando-o a estratégias híbridas na qual há contatos presenciais (respeitando regras sanitárias) como também uso de aparelhos eletrônicos. O dispositivo metodológico desenvolvido caracteriza-se por fazer ver e falar composições e tensionamentos através dos diversos modos de viver, habitar, significar territorialidades urbanas – tomando-os enquanto modos de disputar cidade. Constitui-se como dispositivo de narratividade, efetivando-se como um território de passagem no qual histórias silenciadas por práticas de violência cotidianas podem encontrar no outro o reconhecimento enquanto histórias a serem ouvidas. As oficinas oferecem, aos pesquisadores e aos coletivos, subsídios conceituais-corporais construídos coletivamente que podem sustentar algo indispensável na consecução do direito à cidade: a liberdade de refazermos aquilo que nos inventamos ser ao mesmo passo que reinventamos as cidades. O projeto incide nos debates em torno do direito à cidade e mostra-se inovador ao realizar-se a partir de um trabalho de construção metodológica, de produção de conhecimento COM a comunidade, e, sobretudo, por trazer esse campo para um espaço limiar entre cidade e subjetividade.